de olhos fechados um pouco mais
pra não deixar misturar
o mar adentro com tanto
acordar
o escuro de fora, a luz de
dentro
espera agora até
capturar
a chave-mestra, o desalinho
um pergaminho feito a
sonhar
é que o desfeito da
vigília
pode transformar em ilha
tudo o que significar
e o porto abreviado, a
árvore
da infância, o sexo doce
da moça sem posse, toda
a fábula que ordenhas
pode desordenar a senha
secreta, mergulhada na
lagoa
de
olhos noturnos, a semente
coroada, abrigada pelo
útero
da fulgurância de
nascentes
quer velar aquilo que revela
e que na manivela do
invento
mais ainda torna intento
o momento em que
desmantela.